Pilates na gestação #2

Muitas mulheres ainda acreditam que a fisioterapia pélvica é indicada apenas para aquelas que desejam o parto normal, mas essa é uma das maiores dúvidas (e também um dos maiores mitos!) sobre o assunto.
Na verdade, toda gestante pode — e deve — se beneficiar da fisioterapia pélvica, independentemente da via de parto escolhida ou indicada pelo médico.

O que é fisioterapia pélvica na gestação?

A fisioterapia pélvica é uma especialidade que atua na prevenção e no tratamento de disfunções que envolvem a pelve feminina — como incontinência urinária, dor pélvica, constipação e fraqueza do assoalho pélvico.
Durante a gestação, o corpo passa por grandes transformações: o aumento do peso uterino, alterações hormonais e mudanças posturais exigem uma atenção especial à musculatura do assoalho pélvico, que sustenta o útero, a bexiga e o intestino.

Benefícios para quem vai ter parto normal

Para as mulheres que desejam o parto normal, o trabalho da fisioterapia pélvica é essencial para:

  • Melhorar a consciência corporal e o controle da musculatura;
  • Auxiliar no relaxamento durante o trabalho de parto;
  • Favorecer uma dilatação mais eficiente;
  • Reduzir o risco de lacerações e intervenções como a episiotomia.

E para quem fará cesárea?

Mesmo nas cesarianas, a fisioterapia pélvica é fundamental!
Ela ajuda a prevenir disfunções urinárias, melhora o fortalecimento muscular e prepara o corpo para o pós-parto, já que o assoalho pélvico sofre sobrecarga durante toda a gestação — independentemente do tipo de parto.
Além disso, o acompanhamento fisioterapêutico ajuda na recuperação da postura, diminuição das dores lombares e retorno mais rápido às atividades do dia a dia.

Conclusão

A fisioterapia pélvica não é exclusiva do parto normal — ela é uma aliada da mulher em todas as fases: antes, durante e depois da gestação.
Cuidar do assoalho pélvico é cuidar da sua saúde íntima, da sua autoestima e do seu bem-estar físico e emocional.

Seja qual for o tipo de parto, a fisioterapia pélvica é sinônimo de prevenção, conforto e autocuidado.

“Acho que não tenho escape de xixi… sai apenas uma gotinha ao espirrar.” — Sim, você ter escape de xixi!

Você já percebeu que ao espirrar, tossir, rir ou pegar peso, às vezes sai uma pequena gotinha de xixi?
Muitas mulheres acham isso “normal” ou algo que acontece “de vez em quando”, mas a verdade é que qualquer perda involuntária de urina, mesmo que mínima, é considerada um escape urinário — e merece cuidado!

O que é incontinência urinária?

A incontinência urinária é a perda involuntária de urina, e pode acontecer em diferentes situações do dia a dia.
O tipo mais comum é a incontinência urinária de esforço, que ocorre justamente quando a mulher faz um movimento que aumenta a pressão dentro do abdômen — como tossir, espirrar, dar risada ou pular.

Isso acontece porque a musculatura do assoalho pélvico, responsável por sustentar a bexiga e controlar o xixi, está enfraquecida ou desajustada.

Por que isso acontece?

Diversos fatores podem contribuir para o enfraquecimento dessa musculatura, como:

Gravidez e parto (normal ou cesárea);

Alterações hormonais, especialmente na menopausa;

Tosse crônica, constipação ou sobrepeso;

Falta de fortalecimento e consciência da região pélvica.

Com o tempo, se não for tratada, essa “gotinha inocente” pode evoluir para escapes maiores e causar desconforto, vergonha e impacto na qualidade de vida.

A boa notícia: tem tratamento!

A fisioterapia pélvica é o tratamento mais indicado e eficaz para os escapes de xixi.
Com técnicas específicas, exercícios de fortalecimento e reeducação muscular, é possível recuperar o controle urinário, melhorar a força e a coordenação dos músculos do assoalho pélvico e até prevenir que o problema piore.

Não é preciso conviver com o desconforto. O corpo dá sinais, e é importante ouvi-los com carinho.
Apenas uma “gotinha” já é um alerta — e procurar ajuda logo faz toda a diferença!

Cuide de você

Se você se identificou com essa situação, saiba: você não está sozinha, e há solução.
A fisioterapia pélvica pode te ajudar a retomar o controle, a confiança e o bem-estar — porque fazer xixi sem querer nunca deve ser considerado normal.

Pilates na gestação

O Pilates na gestação é uma prática segura e extremamente benéfica para o corpo e a mente da mulher, desde que seja orientada por um profissional capacitado. Ele ajuda a preparar o corpo para as mudanças que acontecem ao longo da gravidez e também para o momento do parto e o pós-parto.

Por que fazer Pilates na gestação:
Durante a gravidez, o corpo passa por alterações hormonais, posturais e musculares. O Pilates ajuda a manter o equilíbrio entre força, flexibilidade e respiração, contribuindo para uma gestação mais tranquila e saudável.

✨ Principais benefícios do Pilates na gestação:

1. Fortalecimento da musculatura pélvica e abdominal – ajuda a sustentar o peso do bebê e prevenir dores lombares e diástase.
2. Melhora da respiração e consciência corporal – auxilia no controle da respiração, útil durante o trabalho de parto.
3. Melhora da postura e alívio das dores nas costas – reduz a sobrecarga na coluna e nas articulações.
4. Diminui o inchaço e melhora a circulação – por estimular a movimentação suave e o retorno venoso.
5. Reduz o estresse e melhora o sono – promove relaxamento e bem-estar emocional.
6. Prepara o corpo para o parto e recuperação pós-parto – fortalece músculos importantes e facilita a volta ao condicionamento físico.

Em resumo, o Pilates é um aliado poderoso da gestante, proporcionando uma gestação mais leve, confortável e equilibrada.

Diástese: Saúde da mulher



O QUE É DIÁSTASE ABDOMINAL?

A diástase abdominal nada mais é do que o afastamento patológico dos músculos retos abdominais. Estes músculos em estão unidos por uma estrutura chamada linha alba.

Durante a gravidez ou em quaisquer alterações extremas do seu peso corporal, tem a possibilidade de obter uma diástase. Esta região pode crescer, esticar e não retornar para o seu estado natural, podendo levar a fraqueza abdominal, afastamento parcial ou total, ou até mesmo ruptura da linha alba.

Além da gestação, outros fatores que podem contribuir para desenvolver uma diástase abdominal, como as alterações de peso ou famoso “efeito sanfona”,  idade e fator genético.

Seus sintomas estão associados a, barriga com aparência de grávida, barriga estufada, barriga pochete, escape de xixi, dores na lombar. Deve-se atentar que, ao executar exercícios físicos inadequados pode gerar uma PIA (Pressão Intra-abdominal). A pressão intra-abdominal faz com que projete a barriga para frente, aumentando ainda mais a sua diástase.  O mesmo também serve para a fraqueza do assoalho pélvico, pois ao realizar agachamentos acaba gerando alguns escapes de xixi ou flatos vaginais.

COMO PREVENIR A DIÁSTASE?

A melhor forma de prevenir ou minimizar o agravamento da diástase durante a gestação é fortalecer as musculaturas do core, que é um conjunto de músculos que inclui os glúteos, estabilizadores de coluna, transverso do abdômen e oblíquos do abdômen. Vale ressaltar que os exercícios realizados para gestantes são adaptados.  No pós-parto, recomendamos que aos 45 dias já pode ser realizados a intervenção para o tratamento da diástase, é claro, que se durante o parto não tiver existido nenhum tipo de complicação, como por exemplo, pré-eclâmpsia, ou hemorragia. Nestes casos recomendamos a liberação médica.

COMO DIAGNOSTICAR?

Um profissional especializado em diástase abdominal é de suma importância para que uma avaliação seja bem realizada. Nela identificaremos a largura profundidade, comprimento, fraqueza abdominal e fraqueza do assoalho pélvico. E a segunda forma é através do exame de USG (ultrassom), pois nela iremos conseguir identificar quando ao toque não conseguimos ter uma clareza melhor.

COMO TRATAR?

O tratamento é realizado através de exercícios respiratórios, no qual irá fortalecer o CORE que são os músculos do abdômen, assoalho pélvico, dorsal e glúteo. Ou cirúrgico, porém só utilizamos a cirurgia quando a diástase tem cerca de 6cm em diante, menos que isso utilizamos recursos fisioterapêuticos.

CONSIDERAÇÕES

É de suma importância se atentar ao tratamento correto, verificar se realmente consta uma diástase para traçar uma melhor conduta. Lembre-se que, a diástase  ela pode ser fisiológica ou patológica e a partir daí sua é que começará o seu tratamento.

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